O empresário Ricardo Barreto anunciou oficialmente, por meio de uma nota pública, o encerramento de seu ciclo de colaboração com o Hospital Chama, em Arapiraca. Em um texto carregado de emoção e balanço das lutas enfrentadas ao longo dos últimos anos, Barreto relembrou os desafios superados, as conquistas alcançadas e o legado construído em uma das instituições de saúde mais importantes do Agreste alagoano.
Entre os marcos citados em sua trajetória, destaca-se a viabilização do credenciamento do serviço de oncologia do hospital — uma demanda antiga da população de Arapiraca —, que só foi possível com o apoio político de lideranças como o então senador Benedito de Lira. “Foi uma missão quase impossível, mas conseguimos. E lá estava eu”, relembrou.
Barreto também foi peça central no retorno do médico Emanuel Albuquerque à direção do hospital, após meses afastado judicialmente.
“Ao lado de uma legião de advogados, conselheiros e amigos, trabalhamos com fé e convicção”, afirmou.
Outro momento delicado lembrado pelo empresário foi a grave crise financeira enfrentada pelo hospital, com salários atrasados, pressão de fornecedores, cobranças da imprensa e acompanhamento rigoroso do Ministério Público. Ele destacou o papel do prefeito Luciano Barbosa e o apoio pontual do governador Paulo Dantas em momentos críticos da instituição.
Apesar de nunca ter recebido remuneração financeira pelo trabalho prestado, Ricardo Barreto afirma que o reconhecimento de colaboradores, médicos e, principalmente, dos pacientes mais humildes, foi a maior recompensa.
“A saúde pública não pode ser tratada como uma equação matemática ou puramente financeira. São vidas”, disse em tom reflexivo.
O empresário encerra sua nota dizendo que sai de cabeça erguida e com o sentimento de missão cumprida.
“Combati o bom combate. Dei o meu melhor, com entrega, responsabilidade e fé. E sigo em paz.”
Barreto reforça ainda a importância de um olhar mais humano sobre a saúde pública e pede o engajamento de toda a sociedade na preservação do Hospital Chama, que atende Arapiraca e outros 46 municípios.
“O silêncio dos justos… dói. Dói em quem mais precisa.”
Com o coração sereno e grato pela caminhada, Ricardo Barreto se despede de um dos papéis mais marcantes de sua vida pública e reafirma sua fé no propósito divino de cuidar de quem sofre.
NOTA
A vida, às vezes, nos presenteia com missões quase impossíveis.
A primeira delas foi quando o Hospital Chama, há anos, tentava credenciar o serviço de oncologia e não conseguia.
Quando passei pela política, batalhei por isso ao lado do então senador Benedito de Lira, e conseguimos esse alento tão importante para o povo de Arapiraca. E lá estava eu.
Depois, veio a missão de reconduzir o Dr. Emanuel à direção do Hospital Chama, após seis meses afastado pela Justiça. Ao lado de uma legião de advogados, conselheiros e amigos, trabalhamos com fé e convicção.
E lá fui eu de novo.
Mais adiante, uma nova e dura tempestade: uma grave crise econômica.
Salários atrasados, fornecedores pressionando, imprensa batendo todos os dias, Ministério Público acompanhando de perto…
E mais uma vez, lá fui eu, tentando ajudar, reorganizar, unir forças e reconstruir o caminho.
Nessa caminhada, contei muito com o apoio firme e presente do prefeito Luciano Barbosa, e não posso deixar de reconhecer algumas ajudas importantes do governador Paulo Dantas, em momentos decisivos.
Sempre acreditei que valia a pena lutar por aquela instituição.
Nunca recebi nenhuma remuneração financeira por esse trabalho.
Mas recebi algo muito maior: o reconhecimento sincero de muitos colaboradores, médicos e, principalmente, dos pacientes mais humildes, que tanto precisam daquele hospital.
E isso não tem preço.
A saúde pública não pode ser tratada como uma equação matemática ou puramente financeira.
São vidas.
São histórias de sofrimento e esperança que muitas vezes precisam apenas de carinho, escuta e dignidade.
E, com tão pouco, muitas vezes se faz muito.
Mas agora… sinto que meu ciclo chegou ao fim.
Combati o bom combate.
Dei o meu melhor, com entrega, responsabilidade e fé.
E sigo em paz.
Foi um privilégio conviver com aquela equipe maravilhosa, que trabalha mais por amor do que por salário e, principalmente, por amor à população humilde da nossa Arapiraca e de mais 46 municípios que dependem tanto daquele hospital.
O Hospital Chama é uma instituição essencial para toda a região.
Um centro de referência, que merece cada vez mais apoio, envolvimento e respeito — de todos: gestores, empresários, poder público e sociedade civil.
Continuo acreditando que Deus tem um propósito e um deles é cuidar de quem sofre.
E cuidar de verdade exige mais do que técnica: exige sensibilidade, humanidade e o compromisso de todos, especialmente daqueles que têm poder de decisão.
A saúde precisa de um olhar mais humano.
Porque o silêncio dos justos… dói. Dói em quem mais precisa.
Fica aqui o meu agradecimento:
à equipe do Chama, pela dedicação e parceria…
e à minha Arapiraca, por me permitir viver de perto a realidade do nosso povo.
Sigo em frente com o coração sereno, grato por tudo o que vivi.
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