Ter um serviço de saneamento básico de qualidade é um direito essencial do ser humano. Mas é justamente quem mais precisa de um atendimento adequado, quem tem menos acesso.
Um levantamento realizado pela ABCON SINDCON com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) e do CENSO 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 75,3% das pessoas que não estão conectadas à rede de água vivem com até um salário mínimo.
Na opinião do presidente do Conselho de Administração da ABCON SINDCON, Roberto Barbuti, ainda existem barreiras que impedem o avanço do país na questão do saneamento básico. Ele cita a reforma tributária como um dos aspectos que precisa ser mais bem avaliado.
“Infelizmente, o tratamento até agora, que vem sendo dispensado ao setor de saneamento, ele não vai na linha daquilo que se coloca como uma neutralidade tributária. Então, infelizmente haverá, caso não haja mudanças e estamos trabalhando para isso, um aumento de carga brutal para o setor que acabará sendo repassado para os consumidores através de reequilíbrios dos contratos ou eventualmente uma redução substancial dos investimentos, o qual obviamente não trabalhamos com essa hipótese”, observa.
Para Barbuti, o Brasil ainda precisa melhorar os serviços de forma a promover a inclusão da população de baixa renda no atendimento aos serviços de água e esgoto.
De acordo com a pesquisa, existem 41,8 milhões de famílias cadastradas no Cadastro Único do Governo Federal – registro que permite ao governo saber quem são e como vivem as famílias de baixa renda no Brasil. Desse total, 70% dispõem de renda per capita de até meio salário mínimo.
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