Como é bom sentir a força que as manifestações populares têm, como é bom ver a cultura sobrevivendo ao caos da modernidade massacrante.
A tradição da quaresma segue viva em Arapiraca. Em vários pontos da cidade, as paróquias se reúnem com seus fiéis para celebrar a preparação da chegada da Páscoa, data de grande importância e celebração para os católicos do mundo inteiro.
Nessa sexta-feira, 4 de abril de 2025, tive a alegria de acompanhar um desses momentos da tradição católica em nosso município. Liderados pelo pároco Marlucio Luís, quase uma centena de pessoas peregrinaram, oraram, cantaram e reviveram as cenas do calvário de Cristo.
O som da matraca, instrumento típico dessa celebração, entoado por um coroinha, acompanhava os passos dos fiéis. Em cada estação era revivida a “paixão de Cristo” e as preces religiosas se seguiam com reflexões sobre os problemas ambientais que o planeta vive, reflexão proposta na campanha da fraternidade de 2025 da CNBB (conferência nacional dos bispos do Brasil), Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).
No rosto de todos era possível ver o quão simbólico era aquele momento. Alguns registravam as cenas, outros mais concentrados faziam suas súplicas e agradecimentos, mas em todos se via o peso histórico dessa data.
Pessoas de todas as idades se emocionaram com o evento que ainda segue nos próximos dias. A próxima via-sacra será dia 11 de abril, saindo da igreja matriz e percorrendo as principais ruas do tradicional bairro de Arapiraca.
Que se vivam e se preservem as tradições. Cultura é resistência, é identidade. Quando se perde, se perde tudo, se perde quem é e quem se possa ser. A paróquia de Santa Isabel da Hungria segue firme na preservação dos rituais católicos, garantindo às próximas gerações conhecer a história e preservar a fé que une os católicos.
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