A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) prendeu em flagrante Eduarda Silva de Oliveira, principal suspeita da morte de sua filha, a recém-nascida Ana Beatriz, que desapareceu na sexta-feira (11). O corpo da bebê, que tinha apenas 15 dias de vida, foi encontrado na tarde desta terça-feira (15), dentro de uma sacola plástica, em um armário na cidade de Novo Lino, interior do estado.
As buscas pela criança se estenderam por cinco dias e envolveram diversas equipes, mas o desfecho trágico ocorreu após a confissão da mãe. Eduarda admitiu ter asfixiado a filha com um travesseiro, alegando que a bebê chorava incessantemente há dois dias, o que a impediu de dormir. Com essa confissão, a mulher foi inicialmente presa pelo crime de ocultação de cadáver, mas ainda poderá ser responsabilizada por infanticídio e homicídio.
O delegado Igor Diego, responsável pela investigação, ressaltou que, apesar da confissão, a polícia continuará a apurar os detalhes do caso, especialmente devido às várias mudanças na narrativa apresentada por Eduarda.
"Qual é a verdade sobre os fatos? O trabalho da perícia é que vai dar a resposta definitiva", comentou o delegado, enfatizando a seriedade do trabalho investigativo.
O local onde o corpo da menina foi encontrado já tinha sido inspecionado anteriormente em buscas, incluindo a utilização de um cão farejador, sem que nenhum vestígio da criança fosse encontrado. O tenente Ascânio, do Corpo de Bombeiros, relatou que sua equipe havia verificado minuciosamente a área onde o corpo foi encontrado, o que levanta questões sobre como o cadáver pode ter permanecido oculto por tanto tempo.
"As buscas foram realizadas em todos os lugares possíveis de se esconder uma criança, e a menina não foi encontrada", afirmou Igor Diego em coletiva à imprensa.
Ele também mencionou a possibilidade de que outra pessoa tenha colaborado na ocultação do cadáver, sugerindo que o corpo pode ter sido colocado no armário após as investigações iniciais.
À medida que o caso se desenrola, a prioridade das autoridades continua sendo esclarecer todos os aspectos deste ato horrendo, buscando justiça para a pequena Ana Beatriz e suas circunstâncias trágicas.
O desaparecimento da recém-nascida Ana Beatriz teve um desfecho trágico no início da tarde desta terça-feira (16), após o corpo da menina ser encontrado dentro de uma sacola plástica, escondido em um armário de madeira localizado nos fundos da casa da família, na área da lavanderia, ao lado de produtos de limpeza.
De acordo com o Código Penal, o infanticídio é a prática de matar o próprio filho sob influência do estado puerperal. Essa tipificação é considerada quando a morte é causada durante o parto ou logo após. A pena é de detenção de dois a seis anos. Ana Beatriz tinha 15 dias de vida quando desapareceu.
Já o crime de homicídio prevê um enquadramento com penalidade que pode chegar a vinte anos de reclusão. Para o indiciamento por infanticídio, a mulher deve passar por avaliação psicológica que determine seu quadro de saúde mental.
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